Ao Santo Padre, Com Todo Amor

Amado Papa,

Perdão por fazê-lo dispensar tão precioso tempo com a missiva de um pobre servo da Igreja, mas senti a profunda necessidade de externar a Vossa Santidade meus mais profundos sentimentos, que só encontram reto sentido quando colocados aos pés da Cruz.
Toda minha vida a única certeza que tive era que
católico nasci, e católico morrerei. O sentido infinito de minha vida é merecer todos os dias a honra de ser filho da dileta Esposa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Devo, com dívida impagável, o fato de encontrar nos Papas a mais doce legitimação e confirmação da minha fé. Amo a Igreja com visceral retidão, e tenho nela a firme rocha da qual os sucessores do Apóstolo Pedro manifestam a doce doutrina celestia
l. Todos os dias meus pensamentos só se vol
tam para Igreja, p
ois n’Ela encontro o único meio pelo qual Cristo fez de minha servil vida, aquele algo sublime que transcende o efêmero e me transporta para a contemplação da divina verdade: - Ela é Santa, e nos precede na fé, nos legitima e nos conduz para a morada celestial.
A Igreja é meu maior amor, e mesmo nas noites mais escuras da alma, estava eu, pobre servo, com o coração voltado para a Santa Madre. Por amá-la, amo o Papa; por amar o Papa, amo Cristo e toda a Revelação que o Senhor Deus Criador nos deu pelo Filho. Igreja do Pentecostes, quando foi apresentada ao mundo inteiro pelo Espírito Santo. Creio com a razão iluminada pela fé, com meu coração que sente o Amor de Deus, com entranhada convicção e zelo filial, que Vossa Santidade é o sinal visível da unidade da fé, e ilumina o caminho seguro que todo católico deve seguir, principalmente quando as nuvens que antecedem as sombras se manifestam em meio à desorientação e à inquietude.

Quando tomo o Santo Rosário pelas mãos sofridas de um corpo que busca Deus, somente penso em Vossa Santidade, e indignamente peço que a Virgem Santíssima possa vos proteger com o manto glorioso de Sua maternidade, porque sois meu senhor e soberano. Imploro que Vossa Santidade seja feliz e sempre dê o sorriso mais afável que existe entre os homens. Rogo que o doce olhar, penetrante e santo, do Sucessor de Pedro que no vosso episcopado e primado se mostra ao mundo, possa ser cada vez mais amado por todos, pela simples razão de que é impossível não se encantar por tão grande amor que brota do Vosso Pastoreio.

Carrego a marca indelével, entranhada e consumada pela vicária morte de Nosso Amado Cristo, quando fui incorporado como filho no redil do Senhor, e em todas as Missas renovo as minhas esperanças, e peço que amando Vossa Santidade, possa amar-vos cada vez mais, afervorando o carinho que só consigo dispor com toda reverência aos vossos pés de pescador. Invoco o Nome de Deus como Benévolo Defensor dos justos; por isso, sabendo que sois justo, quero ser por Vossa Santidade sempre ensinado e santificado, porque sob o seu cajado formamos a verdadeira Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. O báculo da insigne missão dos Bispos em Vossas mãos resplandece, do ocidente ao oriente, permitindo que os filhos da Mãe e Mestra possam cintilantes dizer que, aquele que segura o báculo, é quem aplaina os caminhos e endireita as veredas.

Meu amor por vós Santidade, é o amor que um filho sente pelo próprio pai, que desejoso de agradar aquele que é nosso mestre, coloca ao inteiro dispor daquele que nos adianta na caminhada, a sua vida e seus desejos de contemplar a face do Pai: - Meu coração diz a teu respeito: Procura sua face. É tua face, Senhor, que eu procuro. Não me escondas a tua face, não afastes teu servo com ira. Deponho aos vossos pés toda a minha inteligência, todo o meu entendimento, todas as minhas forças, para que sendo assim, possa clarificar o quanto acredito no que brota de vossos lábios, e possa, unido aos ensinamentos eternos da Igreja e de todos os Sucessores dos Apóstolos, conservar a plenitude da Igreja entre os filhos da criação e anunciar o senhorio universal, espiritual e temporal de Cristo Rei.

Entre os pequeninos, não há outro tão pequenino quanto este simples servo, porque sou o último dos filhos de Deus e o primeiro dos pecadores. Jamais me senti digno de sequer beijar-lhe as mãos, ou ainda de ajoelhar-me aos vossos pés; porém, com a alma é júbilo, amei Vossa Santidade desde o dia que fostes eleito Supremo Doutor dos fiéis, desde o momento que o luminoso anúncio, para nossa magna alegria, ecoou da Basílica de Pedro: - Habemus Papam. Quando o rosto de Pedro, em Bento XVI, pela Roma dos Apóstolos se apresentou triunfante ao mundo, todos os corações leais ao Régio Senhorio, cantaram hinos junto com os anjos dos céus, pois diante de nós apresentava-se o Príncipe e Sumo Pontífice.

Não sei amar mais ninguém como amo Vossa Santidade, porque não vos amar é exatamente não ter o próprio Cristo Senhor Rei do Universo no coração, o mesmo Senhor do qual sois o Vigário e Doce representante na terra. Sou peregrino, e pelo solo vermelho do sangue dos mártires seguirei guiado por Vós; pelo caminho dos apóstolos serei conduzido a Roma eterna, e contemplarei a minha fé assentada soberana na Cátedra Petrina; dedicarei as minhas pobres ações para fazer triunfar mais uma vez o Evangelho, e assim será por todos os meios ao meu alcance. Com meu próprio corpo proclamarei os direitos de Deus e da Igreja. Quero amar-vos cada dia com mais fervor, na esperança de abraçá-lo no Reino dos Céus que Vossa Santidade irá me preceder.

Seguirei até vós pela terra que guarda os corpos dos santos; pela fé de Pedro e de Paulo; pela retidão dos primeiros cristãos. Pelo mar, servidor de Vossa Barca, navegarei em obediência dócil ao Governo e Santo ministério sacerdotal que é pleno em Vossa Santidade.

Bendito seja Amado Papa Bento XVI, na luz de Roma eterna, onde o sol não tem poente. Roma que vence refulgente todo erro e todo mal

Vosso mais indigno filho e servo fiel
Carlos Eduardo Maculan


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Para citar:

MACULAN, Carlos Eduardo. Apostolado Sociedade Católica: Ao Santo Padre, Com Todo Amor. Disponível em: http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=165 desde 14/03/08

Posted by Gabriel silva. on 15:47. Filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0

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